sábado, 30 de julho de 2011

Folclore

Postarei algumas atividades que irei desenvolver com meus alunos sobre o Folclore.
Farei o resgaste das brincadeiras tradicionais, que já não fazem mais parte da vivência dos alunos hoje em dia. E vejo isso na maioria das escolas do país. Então minha proposta será brincar com eles com cada uma delas e depois pintarmos o desenho e escrever o nome de cada brincadeira. Faremos também uma lista com as brincadeiras feitas e montremos um livro com os desenhos pintados. Leciono para crianças de 5 anos e esse ano quero enfocar as brincadeiras principalmente e o resgate do brincar sem necessidade de jogos eletrônicos.  Fotografarei também as brincadeiras e montarei um painel para ser exposto para os pais.
Juntamente com o resgate das brincadeiras irei contar várias lendas e mostrar vários livros onde elas aparecem.

Reciclagem? Será?

Esse é mais um texto maravilhoso que li no blog da Ana Claúdia Futuro do Presente.

Quando eu o li, na hora revi toda minha concepção de trabalhos utilizando sucatas. A gente faz isso mesmo, pega as coisas que as crianças levam e fica tentando montar alguma coisa com aquele material para não ficar perdido e sinceramente porque está na "moda" usar materiais reciclados. Mas depois de ler o texto, fiquei pensando no que realmente esses materiais significam para a criança e para a família. E na verdade vi que somente significam alguma coisa ali, durante sua construção e quem nem mesmo é feita totalmente pela criança, porque mexer com materiais reciclados exige muito mais trabalho dos professores do que da própria criança. E com certeza quando o que fizemos na sala de aula chega em casa acaba indo parar no lixo. E só o que conseguimos é criar mais lixo ao invés de conseguir reduzi-lo.

Fiquei tão mexida com o texto, que na reunião de planejamento o levei e li para minhas colegas e já mudamos até o Plano Político Pedagógico da nossa escola, que trata muito da questão da reciclagem. E a partir do texto repensamos se estamos mesmo reciclando ou somente coletando o lixo trazido pelas crianças.

Vimos que precisamos trabalhar mais a questão da separação do lixo orgânico do lixo reciclável com nossos alunos, para que eles levem isso para suas casas e façam valer realmente. E é justamente nisso que iremos focar nosso olhar agora no segundo semestre. E procuraremos atividades que deem realmente utilidade ao lixo que podemos reciclar, com idéias que poderão ser feitas em casa também pelos alunos.

 

Artesanato, escola e reciclagem. Funciona,mesmo?


Quem é pai e mãe  de criança sabe: datas comemorativas e aula de artes andam sendo constantemente acompanhadas de pedidos para que os pais separem caixas e embalagens para as crianças fazerem ARTE. Pais que somos, sempre elogiamos o esforço dos filhos e recebemos com alegria e carinho aquele presente.
Mas sendo racionais, temos que admitir que apesar do carinho e do esforço de nossos filhos queridos, a maioria destes presentes acabam não sendo aproveitados ou utilizados e alguns vão, cedo ou tarde, invariavelmente para o lixo.
Somado a isso, é comum as escolas solicitarem materiais e embalagens para reaproveitamento sem aviso prévio e com uma  certa urgência.  E aí vem a pergunta:  quando você não tem a embalagem de iogurte, por exemplo, você deixa de enviar, pede pra vizinha,  ou corre no mercado e compra a embalagem para mandar para a escola?
A intenção da escola, claro, é incentivar e ensinar as crianças (e as famílias) a inserir a reciclagem e o reaproveitamento nas nossas rotinas e nos hábitos das crianças. A intenção é indiscutivelmente a melhor possível. Mas a gente precisa aplicar todo o nosso bom senso (e as escolas também e principalmente) e pensar que a partir do momento que precisamos comprar o iogurte (vamos continuar no nosso exemplo do iogurte) para enviar a embalagem para a escola, a reciclagem não só perde o sentido como inverte já que temos que consumir para reciclar (oi?).  Fora que no caso do nosso exemplo ( o iogurte), para “descartar”um potinho para a arte da escola, normalmente, se compra SEIS!
Ecologicamente, me pergunto sempre, se além de tudo isso, essa arte não prejudica a reciclagem destas embalagens. Tinta, cola, mistura de materiais…. será que essa atitude não é , de certa forma, ilusória, mas também realmente prejudicial ao meio ambiente?
Então, o que nós devemos fazer?
Vejo que mais uma vez, todos nós temos que fazer a nossa parte.  A escola precisa se colocar à frente nesta tarefa. Principalmente, porque é ela que solicita o material e planeja a atividade. Este planejamento precisa ser feito com antecedência para que a família possa ter tempo hábil para consumir determinadas embalagens.  Por exemplo, nós aqui na minha casa, não somos muito de tomar leite, portanto, uma caixa de leite, duuuuuura. Precisamos de tempo para esvaziá-la.  Ou então, preciso de tempo para conseguir com alguém a referida embalagem, que também precisa de algum tempo para esvaziar a mesma.  Na minha cabeça de leiga em educação escolar,  eu penso que a escola precisa se colocar à frente pelo simples fato de que ela está educando para o futuro. Sendo assim, não posso aceitar que a escola se comporte com  o pé no passado.  Para isso, é fundamental o planejamento por parte da escola. A escola precisa pedir aos professores de artes um planejamento das atividades que exijam materiais visando a reciclagem. Só assim poderemos garantir que estamos realmente agindo e educando em prol do meio ambiente.  Outra coisa importante é a finalidade da arte-embalagem.
Primeira coisa neste quesito: a arte precisa ser bonita. E aí, que  me desculpem os professores de artes, mas é difícil achar um trabalho que de fato nos surpreenda. Chego a me perguntar em que aquele trabalho está educando. Porque às vezes são rabiscos aleatórios que parecem não ter tido nenhuma orientação. Tudo bem, eu sou a favor da liberdade de expressão, ainda mais das crianças mas um presente não é um momento de colocar em prática para os pais vem  o  sendo trabalhado pela criança? Porque de certa forma, também para diminuir a chance de ver essa arte ir para o lixo com o tempo, é importante que seja bonita. Vamos falar a verdade, coisas feias  viram lixo, muito rápido. Fazer por fazer sempre, não dá.
E esperar que os pais critiquem ou dizer que ninguém nunca reclamou, é inaceitável (escolas adoram falar isso: ninguém reclamou….). Tô prá ver nascer um pai ou mãe que chegue na escola para dizer: olha, aquele presente do meu filho foi muito feio e joguei no lixo porque além de tudo, não serve pra nada!  E eu que sou sincera em grau avançado não consigo fazer isso. Imagine os pais mais reservados…
Puxando o gancho, é bom que o tal presente seja útil. Não é fundamental mas…. terá duas vezes mais valor.  
Resumindo, a primeira preocupação da escola: tempo.
Segundo, planejamento.
Terceiro,  beleza.
Quarto: utilidade.
Isso tudo porque, uma vez que essas coisas forem para o lixo, elas raramente serão recicladas porque estão totalmente misturadas a outros produtos como colas e tintas.
Agora, e a nossa parte como família ?
Precisamos cobrar e questionar da escola uma postura mais condizente com a educação para o futuro. Se a escola pede um material que não temos, precisamos perguntar qual o tempo temos para enviar. Questionar o planejamento da tarefa: quais as tarefas, no decorrer do ano, que vão precisar deste tipo de material? Com que antecedência esses materiais serão pedidos?
Feito isso, vamos à nossa casa. Como agir quando não temos o material? Compramos? Náo! Isso não tem sentido. Estaremos gerando lixo para reciclar? Isso não faz sentido. Precisamos sim, dar destino a itens que de fato estamos consumindo.
Mas aí, e os filhos? Ficam sem fazer a atividade? Neste ponto, precisamos voltar à escola. E conversar com eles para dizer que não temos determinado material ou que não conseguiremos o mesmo a tempo da atividade e que queremos saber o que será feito com as crianças que estão nesta situação. Temos material alternativo? Nada será feito? Enfim…esses questionamentos são importantes para que não sejamos passivos com a educação  dos nosos filhos para a sustentabilidade.
Eu vejo esta postura como fundamental para mostrar à escola nosso desejo, nossa determinação, nosso empenho e comprometimento,  e nossa postura ativa, questionadora e em busca do aprimoramento do comportamento da família e da escola para plantar as sementes da sustentabilidade e não da ilusão.
E por aulas de arte que nos surpreendam! :)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Assistencialismo - desabafo

Se tem uma coisa que eu sou radical é com a questão do assistencialismo que temos hoje em dia em nosso país. Ao invés de se criarem novos empregos, melhorar a capacitação do trabalhador que não está conseguindo voltar ou entrar no mercado de trabalho, prefere-se enchê-lo de "bolsas sei lá o que" e transformar a grande maioria em acomodados. Digo isso porque lido com várias mães e pais que tem esse pensamento: Vou trabalhar para que? Tenho minhas "bolsas" que me sustentam e vão enchendo o mundo de filho para ter mais verbas...
Um pensamento muito equivocado, pelo menos na minha opinião.
Sou totalmente contra a política de planejamento familiar existente no Brasil. A mulher vai ao posto ganhar remédio, mas quem diz que ela toma? E pega camisinhas, mas quem diz que usa? E vai tendo um filho atrás do outro, sem a menor condição de criar, cuidar, educar e alimentar. Aí coloca na creche, porque lá ele vai ter comida, vai tomar banho e dormir. Tá, e quando vai para casa? Vai ter o que? Vejo isso nas creches públicas daqui e acho que do Brasil todo, criança que vai embora com a fralda colocada na creche e volta no dia seguinte com a mesma, criança que se não toma banho na creche não toma em lugar nenhum, roupa suja que fica a semana toda na mochila, fedendo e mãe nem tira para lavar. Isso é criar um filho com qualidade?
E não me venha falar em pobreza, porque conheço muita gente super pobre que tem filhos super limpos, casas super limpas e nem parece ser tão pobre como é. Ao contrário de muitas mães que ganham as tais bolsas e usam o dinheiro para comprar cigarro e bebida... deplorável isso.
E aí ficam essas casas de assistencialismo, do tipo LBV, ligando na casa da gente e pedindo ajuda pro leitinho das crianças... tá e quem garante o leitinho da minha filha? Eu e marido nos matamos de trabalhar, ele mais ainda, que passa várias madrugadas acordado desenhando para termos uma qualidade de vida melhor e vem essas campanhas querendo tudo na moleza? Eu ajudo eles e quem nos ajuda? Porque as famílias não aceitam trabalhos com  menor remuneração para conseguir se sustentar? Conheço muita mãe que não trabalha, não tem condição de cuidar dos filhos mas quando você fala para ela fazer uma faxina ela olha com a maior cara de nojo e solta: "Eu fazer faxina? Prefiro ficar sem dinheiro....". Que pensamento esquisito é esse?
Eu trabalharia de qualquer coisa para sustentar minha filha. Graças a Deus, tive muita ajuda dos meus pais em meus estudos e acho que mesmo sem ajuda, mas com força de vontade de cada um conseguimos progredir e muito nos estudos e consequentemente na vida. Prestei concurso público e tenho cargo efetivo por conta do meu esforço pessoal, ninguém fez nada por mim. Porque tenho que concordar com que as pessoas tenham tudo de mão beijada, sem o menor esforço?
Isso tudo me irrita profundamente e me dá uma tristeza enorme ver que nada será feito a respeito disso e que tudo vai continuar como está por muito tempo ainda...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Escolas, não desistam de nós. - blogagem coletiva

Esse texto maravilhoso falando da participação real e efetiva dos pais nas reuniões escolares vem bem de encontro ao que eu penso, acredito e tento promover em minha sala de aula. Ainda não consegui atingir todos os pais, muitos chegam com pressa as reuniões, querem ir embora logo, perguntam se o assunto que iremos tratar é importante (tipo de resposta minha: é sobre o seu filho, se ele for importante para vc....), dizem que deixaram comida no fogo e coisas do tipo.

Mesmo tentando fazer reuniões mais gostosas, com rodas de conversa, abordando temas referentes ao desenvolvimento dos filhos deles, não vejo muita empolgação dos pais. Parece que eles estão mais preocupados em acabar logo com aquilo do que ficar ali ouvindo falar em como ajudar seu filho a se desenvolver melhor. 

Não costumo usar minhas reuniões para ficar reclamando de alunos, falar mal deles, nem nada do tipo, quando isso é necessário (falar sobre comportamento por exemplo), costumo usar a reunião e esplanar o assunto para todos, sem citar nomes. Acho que todo conhecimento é válido apra todos. Sempre aprendemos alguma coisa na troca de experiências. Mas percebo que muitos pais não querem assumir a responsabilidade de educar seus filhos e depositam na escola todas as expectativas sobre a educação do filho.

Está na hora de mudarmos esse papel. De lutarmos juntos em busca de um futuro melhor para nossas crianças. E tenho fé de que isso vai acontecer!!!!





Olá querida escola do meu filho,
eu te escolhi porque acreditei que ali iria encontrar o ensino na qualidade que acho adequada para o meu filho. Ali, deposito minha confiança de que meu maior tesouro estará sendo cuidado com carinho, atenção e competência. Acredito que é nesta instituição que ele vai receber os primeiros, porém decisivos, ensinamentos de forma a desenvolver o gosto pelo estudo e pelo conhecimento. É neste ambiente também que ele vai começar a se socializar com outras crianças e a entender que existe um outro mundo, bem diferente e menos seguro que os limites dos braços de nós, pais.
Isso tudo é tão importante.
Mas sinto falta de participar mais da escola. Não que eu não participe porque eu não queira. Mas porque não sou solicitado.
Sei bem o quão vazias são as reuniões escolares. Eu vejo, estou em todas elas. Mas não posso aceitar que a falta de quórum desestimule a escola a nos solicitar ou a criar oportunidades mais diversificadas de aproximar, nós pais, da escola de nossos filhos. Acho tão importante que a escola e pais estejam “afinados” na forma de conduzir a educação escolar e familiar de nossas crianças!
Não importa quem não vai. A mim, me importa quem vai. A mim, me importa que eu estou lá e que existem alguns pais como eu, mesmo que poucos, que enxergam de verdade a importância de nossa presença junto à escola. Além disso, acredito, que havendo oportunidades mais frequentes e menos espaçadas, cada dia teremos mais pais na escola. E quanto mais envolvente e interessantes forem estes encontros, mais pais se sentirão motivados a trazer outros pais. Entendo as dificuldades, principalmente das escolas menores em se mobilizar para manter a escola aberta fora do horário. Mas é preciso empreender este esforço. Porque na falta dele, as únicas pessoas que perdem, são as crianças, nossos filhos, seus alunos.
Há tantas coisas que podemos fazer juntos para mudar isso. Mas nunca, ninguém me perguntou a minha opinião a respeito. Sinto, sinceramente, que inclusive, caímos no erro de reclamar mais do que realmente procurar soluções para aumentar o número de pais participantes. Temos alguma mãe ou pai que possa contribuir de alguma forma com um assunto ou oficina direcionada para os pais e que tenha um foco educacional ou com referência a educação de nossos filhos? A escola pode promover sessões de filmes ou documentários educacionais voltados para os pais? Podemos fazer saraus? Passeios, piqueniques? Podemos criar um grupo de estudos compostos por pais que se reúnem na escola? Podemos conviver mais e desenvolver uns nos outros o espírito participativo?
Na minha humilde opinião, não são os pais que precisam bater na porta da escola de seus filhos. Nós fazemos isso e sempre somos bem recebidos INDIVIDUALMENTE. O que precisamos é ser recebidos pela escola coletivamente, trocar ideias, opiniões, encontrar soluções para dúvidas e angústias comuns com relação à educação escolar de nossos filhos. Só que esta iniciativa precisa partir da escola, porque a escola tem experiência no assunto. Os educadores da escola são profissionais, estudaram e trabalham com isso, inclusive há anos, décadas. Nós somos pais, nunca fomos antes, não fizemos nenhum curso de formação para a parentalidade e nos casos dos pais de crianças pequenas, somos pais de alunos completamente inexperientes. Acredito que precisamos muito da ajuda da escola para sermos melhores pais de alunos, para entender como nos comportar em casa com relação ao ensino, como orientar melhor o dever de casa, como educar para que eles sejam alunos melhores, para que sejam colegas de classe melhores, para que nos comuniquemos melhor com seus professores. Tudo isso para melhorar a qualidade de ensino e aprendizado de nossos filhos que não só são nosso maior tesouro mas também o motivo maior da escola existir.
Somos educadores também, e a sociedade precisa entender a importância de incluir os pais em tudo o que se refere à educação de seus filhos, que nada menos são que os futuros cidadãos que estarão agindo, interagindo e interferindo na sociedade dentro de alguns anos. Na minha opinião, que é leiga, mas onde há uma boa pitada de bom senso, a educação do futuro e para o futuro, não poderá passar sem a participação efetiva dos PAIS NA ESCOLA.
Sabemos que existem pais que simplesmente não querem ser chamados e que querem que a escola resolva as questões escolares sozinha. Mas também sabemos que muitos pais trabalham fora e que se esforçam para estarem presentes e nem sempre conseguem. Assim como existem aqueles que sempre ou quase sempre vão, que querem e se esforçam para melhorar a si mesmos e à escola. Dito isso, peço encarecidamente, mesmo que sejamos poucos, não desistam de nós. Estamos esperando o convite mais frequente para estarmos junto á escola.
Muito gratas e gratos.
(Este texto não se refere apenas a experiência pessoal, mas a experiências trocadas constantemente entre mães e pais, através de nosso blog, grupos de discussão, redes sociais, em diversos estados e diversas escolas)
autoria: Ana Cláudia Bessa

sábado, 16 de julho de 2011

Como nosso blog da Gaby estava uma lambança com vários temas e coisas que não tem nada a ver com ela, resolvi criar outros blogs, que não serão tão mexidos como o dela, mas que irão guardar informações, idéias e projetos importantes para mim.
Esse usarei como um recurso a mais em minha prática escolar. Guardarei registros, idéias, inovações e colocarei um pouco do que faço em meu dia-a-dia na escola.